18 de dezembro de 2011

HISTÓRICO SOBRE A FUNDAÇÃO DA PARÓQUIA DE MADALENA


HISTÓRICO SOBRE A FUNDAÇÃO DA PARÓQUIA DE MADALENA
Quando falaram da criação de uma Paróquia nessa região, D. Antonio de Almeida Lustosa, arcebispo de Fortaleza, fez as seguintes exigências: cinqüenta contos de réis no cofre, doação de 100m2 de terra, uma casa paroquial mobiliada e reforma da pequena capela existente.
Em São José de Macaoca, a família de Idelfonso Colares que tinha boas condições financeiras, manifestou o desejo da Paróquia ser criada lá. Jaime Felício de Sousa, que vinha fazer as desobrigas na capelinha de Madalena, construída em 1911, levou o pedido do senhor Salviano de Pinho e sua esposa Fransquinha, a Dom Antonio de Almeida Lustosa, que desse prioridade à Madalena em virtude de lá ter erguido a capela, e um prazo em fossem atendidas as exigências da Arquidiocese. Dentro do prazo estabelecido, se não fossem cumpridas as exigências, a Paróquia seria criada em Macaoca. O senhor Salviano de Pinho e Antonio de Pinho doaram as terras necessárias e iniciaram logo fortes campanhas para adquirirem os bens e o dinheiro. Foram também lutadores incansáveis nesta campanha Francisca Augusto Máximo Vieira (dona Fansquinha) e Nazaré Augosto (Lelé).
Vale destacar a santa promessa de Lelé a Santa Teresinha, que se Madalena atingisse todas as metas e passasse à Paróquia, realizaria uma grande festa em homenagem a Santa. Esta festa foi realizada e foi a primeira vez que veio uma banda de música à Madalena, na qual Francier Doth era rapaz novo e componente da banda.
Por causa dessa graça alcançada com Santa Teresinha, Pe. Edmundo prometeu à comunidade que, com a construção da grande matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, a pequena matriz passaria a ser capela de Santa Teresinha. Como não foi registrada oficialmente, Pe. Pedro quando retornou no ano de 1982, não tendo conhecimento da citada promessa, entrona São Pedro como padroeira da mesma.

Em 1º de janeiro de 1947, Dom Lustosa, pelo Decreto de nº 0033, criou a Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, com território destacado principalmente de quixeramobim mas com parte retirada também de Canindé (quando foi necessário um entendimento com o superior dos franciscanos em virtude dos direitos que assistem a essa ordem, pelo contrato que lhes entregou à freguesia da São Francisco) e outra parte de Boa Viagem.
O Pe. Edmundo, primeiro vigário do lugar, ficara de chagar em 28 de abril de 1947, porque no outro dia seria a sua posse; só que era um a época muito chuvosa e ele só pôde chegar no dia 29 de abril. Já estava escuro quando João de Deus Pinho subiu a estrada de Quixeramobim com uma vela dentro de uma cuia, para receber o Padre. Quando avistaram-no, soltaram muitos fogos. Estava presentes o senhor Salviano, senhora Fransquinha, Nazaré, Marisô (irmã do padre) e outros.
Em 30 de abril do mesmo ano, Pe. Raimundo Nonato Camelo (Pe. Edmundo), foi empossado pelo Pe. Crineu de Boa Viagem e desde logo, passou a considerar a possibilidade de ergue uma nova matriz (embora a antiga não fosse tão pequena). E, em 28 de janeiro de 1948, conseguiu que o santo arcebispo, Dom Lustosa, desse sua aprovação ao projeto e passou a trabalhar para alcançar seu objetivo.
O terreno para planejar o templo foi doado por Salviano de Pinho Vieira e sua mulher Francisca Augusta de Pinho. A pedra fundamental foi lançada, solenemente a 22 de agosto de 1948, mas as obras não puderam começar logo.
Em 14 de setembro de 1949, foi bento o cruzeiro, construído por José Hermínio de Ponho (Mestre Dequinha, operário qualificado e de boa vontade), considerado pelo Pe. Nonato como abnegado e talentoso, e que muito realizou na construção de matriz. Ainda hoje o cruzeiro se encontra localizado em frente da Matriz.
As obras e naturalmente a escavação das fundações vieram a ser atacadas a 1º de fevereiro de 1952, por algumas dezenas de trabalhadores, estando registrado no livro de tombo, que às 14h desse dia chegou a primeira carrada de pedras, transportadas no caminhão do senhor João Róseo Salgado.
Os primeiros mestres da obra foram José Hermínio Pinho (Mestre Dequinha) e Francisco Correia, que iniciaram o trabalho a partir de uma planta elaborada por um engenheiro da Base Aérea de Fortaleza que não assinou o projeto. Após a conclusão dos alicerces, por volta de agosto de 1952, Valdemar diz que passaram à construção do porão, que ficava sob o altar. "Terminamos de fazer o porão em dezembro de 1952. Ele custou 60 contos de réis". Na época, daria para a construção dos altares.
Com a saída de Padre Camelo, passaram por aqui três vigários, mas não deram continuação ao trabalho.

Em 14 de março de 1975, com a chegada do Pe. Neri Feitosa, a obra foi reiniciada até que ficasse pronta à parte de alvenaria. Tendo dirigido-se em adveniat, Entidade Católica alemã Ocidental que muito auxiliou a nossa Arquidiocese, obtendo vultosas verbas com as quais pôde deixar a igreja, ao sair em 1978, com a obra bem adiantada, sendo liderada pelo mestre Francisco Camelo.
Há 04 de março de 1978, Pe. Pedro Paulo Cavalcante de Meneses assumiu a Paróquia pela primeira vez, já na nova matriz ainda não concluída. Os atos da semana Santa do ano seguinte, foram realizados ali.
No período de 1978 a 1981 foram construídas as duas torres adquiridas as telhas de toda a cobertura. Em seguida, Pe. Pedro teve que se ausentar por problemas de saúde e o Pe. Neri assumiu a Paróquia dando continuidade a obra. Ele passou um ano e alguns meses, tempo em que concluiu a colocação das portas e janelas que Pe. Pedro havia iniciado. Depois, esteve por nove meses em Madalena o Pe. Austríaco, João Batista, até outubro de 1983, quando Pe. Pedro retorna pela segunda vez. Este informou que em 31 de janeiro de 1984, estava terminado o piso morto do templo, onde trabalharam cinqüenta homens alistados nos bolsões da seca, forma encontrada pelo governo para dar assistência ao s agricultores prejudicados por falta de chuvas no ano anterior.
"Peguei uma época difícil e, mesmo na seca, realizamos o piso morto da igreja. Recebemos para isso novas ajudas do exterior, o que deu para instalar toda a fiação de energia e serviço de som, ficando faltando assim os ventiladores e aparelhos de som. Sempre que pode, a população continua ajudando, que com um dia de trabalho com um garrote doado para rifas e leilões", relembra Pe. Pedro.
Em 22 de novembro de 1984, o mestre Chico camelo atacou o serviço de reboco, tarefa imensa, tratando-se de prédio tão grande.
O atual vigário, Pe. Richard Lee Cornwall, americano do norte, nascido em Nebraska, entrou em 07 de fevereiro de 1933; ele já conseguiu concluir o piso e cimento industrial, com bom acabamento, quase igual ao de marmorite, e em novembro de 1995 consagrou o altar, que teve projeto de Dom Adélio Tomazim, bispo de Quixadá. Este também conseguiu que um artista italiano produzisse o grande Crucifixo, que fica sobre o altar. Na composição dessa parte primordial da igreja, o pilar que serve de base à imagem da Padroeira, foi ofertado pelo Pe. Pedro Paulo, hoje em outra Paróquia.
A igreja é imensa, devendo estar em terceiro lugar entre as existentes no nosso Estado; tão grande e, conseqüentemente, difícil de conservar, só nos dias de festa os ofícios religiosos da comunidade são praticados no seu seio. O comprimento total é de 50m, da porta principal à traseira da sacristia, sendo de 18m a largura menor. A planta baixa revela inúmeras expansões a partir de um retângulo básico. A área total coberta é de cerca de 1000m2.
A igreja fica numa esplanada, com larga escada dando para uma praça, onde fica o cruzeiro citado; também ficam espaços livres aos lados e atrás. Esse isolamento e a elevação do terreno contribuem para aumentar ainda mais a impressão de majestade e imponência do edifício, amplo e digno templo do senhor.
A imagem da padroeira, única na igreja e de tamanho modesto, fica sobre um pilar de granito, à direita do altar. As cadeiras para os celebrantes foram doadas pelo Pe. Vital Elias Filho, es-vigário, hoje em Caucaia.
Há uma capelinha para o santíssimo, aos fundos, à esquerda de quem chega, apenas com o Sacrário, de metal dourado, sobre uma prateleira de mármore, com pequena mesa aos pés e dois genuflexórios colocados à frente.
Vê-se um altar de Nossa senhora de Fátima, na primeira sacristia – santuário de Madeira envidraçado e mesa de pernas torneadas. Há outra sacristia, tão grande como a primeira.
RINALDO JOSÉ BARROS PINHO
Salgadinho – Madalena-Ce

3 comentários:

  1. galera clique no envelope em baixo e deixe sua critica e opiniões ou elogios...obrigado desde já

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  2. História linda da minha cidade 👏👏👏👏👏👏👏👏

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  3. Alguém teria o contato do Pe. Richard Lee Cornwall???

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